National Institutes of Health Stroke Scale (NIHSS)

A National Institutes of Health Stroke Scale (NIHSS) é uma escala padronizada e validada amplamente utilizada para avaliação da gravidade do déficit neurológico em pacientes com acidente vascular cerebral, tanto em ambientes hospitalares quanto pré-hospitalares. Composta por 11 itens principais que avaliam funções como nível de consciência, comandos, motricidade, sensibilidade, linguagem, disartria, campos visuais, hemianopsia, ataxia e negligência, a escala apresenta pontuação total variando de 0 (sem déficit) a 42 (déficit máximo), onde escores mais altos indicam maior gravidade do AVC. Sua principal utilidade clínica reside em quantificar objetivamente o déficit neurológico, orientar decisões terapêuticas agudas como indicação de trombólise, monitorar a evolução clínica e prever prognóstico funcional e mortalidade a curto e longo prazo, tanto em AVC isquêmico quanto hemorrágico. A escala pode ser aplicada rapidamente, inclusive por profissionais não neurologistas treinados como enfermeiros e paramédicos, demonstrando boa reprodutibilidade interobservador especialmente após treinamento formal.

Quanto às propriedades psicométricas, a NIHSS apresenta confiabilidade e validade robustas, com alta correlação com desfechos funcionais medidos pela escala de Rankin modificada e mortalidade em 30 e 90 dias, sendo comparável a outras escalas prognósticas como o ICH Score para predição de desfechos em hemorragia intracerebral. A escala demonstra sensibilidade adequada para mudanças clínicas, permitindo monitoramento efetivo da evolução do paciente ao longo do tempo. Apesar de suas limitações, incluindo menor sensibilidade para déficits de circulação posterior, déficits motores distais, alterações de marcha e equilíbrio, além de não avaliar aspectos como disfagia, depressão ou déficits cognitivos mais sutis, a NIHSS permanece como padrão ouro para avaliação inicial e acompanhamento do AVC. É amplamente recomendada em protocolos internacionais e utilizada como linguagem comum entre equipes multidisciplinares, inclusive em contextos de telemedicina e atendimento pré-hospitalar, constituindo ferramenta essencial para estratificação de gravidade, tomada de decisão terapêutica, monitoramento clínico e prognóstico em pacientes com AVC.

Referências:

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Figuras que devem ser apresentadas ao paciente: